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Teatro Laboratório da UNICAMPfechar ×

2002

Concurso

 
 

Ficha técnica

Ano do concurso:
2002

Arquitetura:
Alexandre Mirandez de Almeida
Anna Helena Villela
Cesar Shundi Iwamizu
Eduardo Ferroni
Jose Paulo Neves Gouveia
Leonardo Sette
Marcelo Pontes de Carvalho
Maria Julia Herklotz
Pablo Herenu
Paula Cardoso
Ricardo Bellio

Teatro Laboratório da UNICAMP
Campinas, SP, Brasil

Projeto destacado com Menção Honrosa

O projeto para o Teatro Laboratório de Artes Cênicas e Corporais da Unicamp parte da ideia de tratar os diversos departamentos como elementos constituintes de uma única escola, criando um lugar de encontro e troca, que concentra os diversos usos sem interferir nas necessidades específicas de cada departamento.

A partir dessa ideia, a escola se desdobra em três edifícios que organizam um pátio, espaço aberto ligeiramente rebaixado que ordena todas as funções da escola, mas que também assume a dimensão pública requisitada pelo teatro. Propõe-se um lugar cuja escala é contrastante em relação aos espaços livres encontrados tradicionalmente no campus, como a grande área livre da praça central e os espaços residuais entre edifícios do Instituto de Artes.

O piso do pátio distribui as secretarias, biblioteca, descanso e convívio; programas de interface pública da escola. As aulas práticas e teóricas foram agrupadas nos mesmos dois edifícios, buscando organizar os pés-direitos solicitados e concentrar a circulação de alunos em um único nível, embora as salas se desdobrem em dois. Ao resolver as escadas de acesso ao pavimento superior no espaço transversal entre salas eliminou-se a necessidade de uma outra circulação longitudinal, liberando as duas fachadas para o melhor desfrute da paisagem e das condições de iluminação e ventilação naturais.

Embora configure um volume único, o programa do teatro laboratório se organiza em duas partes claramente distintas: uma torre de cinco níveis que abriga oficinas e serviços de apoio é acoplada à caixa cênica, espaço único com pé-direito total que proporciona flexibilidade na disposição da platéia não só no nível do palco mas também na vertical, acomodando o público nos passadiços superiores. Esse arranjo sugere apropriações inesperadas ao possibilitar a abertura do teatro para o exterior, dispondo em nível a praça, o foyer, a rua e o palco.