top

PUC Campinasfechar ×

2016

Concurso

 
 

Ficha técnica

Ano:
2017

Arquitetura:
Escritório Paulistano + SIAA:
Andrei Barbosa
Cecília Torrez
Cesar Shundi Iwamizu
Eduardo Colonelli
Eduardo Gurian
Fernanda Britto
Luca Caiaffa
Marina Colonelli
Rafael Carvalho

Estudantes:
Bárbara Fernandes
Laura Peters
Lucas Fossa

Equipe Técnica de Projetos Complementares
Fundações: Zaclis & Falconi
Estrutura: Kurkdjan & Fruchtergarten
Drenagem, Hidráulica, Bombeiros, Elétrica, SPDA, Climatização, Lógica, Telefonia e Energia Estabilizada: MBM Engenharia
Estudo Polo Gerador de Tráfego: M2
Paisagismo: Soma Arquitetos
Luminotécnica: Fernanda Carvalho
Conforto Térmico e Acústico: Ambiental Consultoria
Esquadrias: Pedro Martins
Detecção e Alarme de Incêndio, Supervisão e Controle Predial, Sistema Eletrônico de Segurança: Studiolo – Mauro Kuznir
Impermeabilização: PROASSP
Cenotecnia: Cineplast
Orçamento: Tríade

PUC Campinas: concurso
Campinas, SP, Brasil

EMPREENDIMENTO NO CAMPUS CENTRAL DA PUC CAMPINAS

O Campus Central da PUC Campinas situa-se em área localizada no centro histórico da cidade de Campinas, na esquina da rua Marechal Deodoro com a avenida Francisco Glicério.O local é caracterizado especialmente pelo antigo Solar do Barão de Itapura (projeto e construção de Luigi Pucci, na década de 1880) e, também, por antigas casas, vizinhas ao Solar na rua Marechal Deodoro, provavelmente construídas na última década do século XVIII. Esses edifícios constituem-se em bens culturais tombados tanto na esfera da administração municipal como na estadual, através de seus conselhos de proteção ao patrimônio.Atualmente o Campus Central encontra-se desativado e prepara-se o restauro e adequação dos bens tombados para abrigar Museu e Casa de Cultura da instituição. No restante da área pretende-se a construção de empreendimento multifuncional, comercial e de serviços, com área de construção aproximada de 37.000 m2, objeto desta licitação.Os programas pretendidos compreendem áreas destinadas para escritórios, consultórios, hotel, convenções, comércio, laboratório e capela, além de amplo estacionamento. A presente proposta arquitetônica e urbanística foi desenvolvida a partir da análise e discussão de questões que envolveram, sobretudo, os seguintes aspectos:1. Terreno: configuração, topografia e edificações existentes2. Contexto urbano3. Valorização dos bens culturais inseridos na área4. Programa Funcional pretendido5. Legislação (urbanística e de preservação) TerrenoApós a demolição de todas as construções não tombadas, a área resultante para o empreendimento revela-se com forma irregular e topografia em declive desde a rua Marechal Deodoro até a rua Isolete A de. Souza Aranha, com desnível de cerca de 5,0 metros.O terreno, composto por vários lotes, está Inserido no Quarteirão 230, integra a Z.0 do Centro Histórico e faz frente para quatro ruas. Possibilita pensar um projeto que proponha espaços articuladores, públicos ou semi-públicos, que realizem a conexão entre as vias vitalizando o empreendimento. (Croqui 1)Contexto UrbanoAmbiência urbana caracteriza-se por estar em processo de transformação e verticalização observável através de vários edifícios próximos construídos recentemente. Esse processo de verticalização inclui alguns vizinhos imediatos. Neste caso, a ocorrência de edifícios altos junto às divisas resulta em empenas cegas que interferem negativamente com a paisagem e o conjunto histórico tombado. (Croqui 3)Na paisagem urbana do lugar incomoda, especialmente, a observância de verticalização descontínua resultando numa paisagem urbana heterogênea.Ao pensar a proposta arquitetônica e urbanística para o Empreendimento no Campus Central da PUC Campinas, não nos furtamos de pensar a cidade. Garantir a visibilidade do bem tombado a partir da perspectiva da avenida Glicério, especialmente a partir da ampla perspectiva da esquina da rua Marechal Deodoro foi uma decisão incontestável, uma vez que pelo eixo da própria Marechal Deodoro isto já estava garantido.Entretanto, criar uma nova ambiência pesou nas decisões de partido urbanístico e arquitetônico, expresso nas volumetrias e nas implantações, sobre qualquer outro dispositivo de regulação urbana.  Dentre essas decisões podemos destacar, em primeiro lugar, a intenção de estruturar a nova praça que se abre para a cidade a partir do pátio dos Leões inserindo um elemento contemporâneo no conjunto visível em primeiro plano, através do volume de um dos blocos do edifício de escritórios e, dessa forma, resolver a séria questão imposta pela empena cega da construção vizinha.Em segundo lugar, estabelecer com as demais construções um “pano de fundo” para o conjunto tombado representado principalmente pelo Solar do Barão colocado em primeiro plano.Em terceiro lugar e não menos importante, foi a decisão de articular as ruas envolvidas no terreno através de espaços internos públicos e semi-públicos, tornado o Quarteirão 230 mais permeável, rompendo a condição de grande “barreira” que a quadra assume com suas dimensões de 80 metros (na sua parte mais larga) por 230 metros. Dessa forma, o empreendimento proposto, assume o caráter de instrumento articulador de novas conexões da cidade, conexões essas que podem funcionar de forma positiva para o sucesso do empreendimento planejado. Esses espaços internos contribuirão, também para ampliação da visibilidade das antigas construções tombadas, ao possibilitarem a descoberta das suas fachadas menos expostas. (Croqui 2)Valorização dos Bens CulturaisO sentido que se pretende dar para a valorização dos bens culturais da área, especialmente o Solar do Barão é o de criar uma nova ambiência para que isso ocorra.Embora seja importante, não basta garantir a sua simples visibilidade, mas entende-se ser necessário estabelecer um novo contexto e novas relações urbanas e arquitetônicas que possibilitem os bens tombados adquirirem significado na contemporaneidade.Dessa forma se propôs um redenho do jardim lateral do Solar do Barão transformando-o em praça “monumental” no sentido de transformá-lo em praça pública, liberando a perspectiva mais ampla do solar. Entretanto se faz necessário um novo volume de arremate no alinhamento do pavilhão da antiga Biblioteca, justapondo-se sobre a empena cega de 15 pavimentos representada pelo edifício vizinho. Essa solução é importante para não deixar o conjunto tombado “desamparado”. Esse volume redesenha a praça além de trazer um elemento contemporâneo para o diálogo com os bens tombados, quais sejam: o Solar do Barão e o pavilhão anexo construído na década de 1950.Ainda nesse sentido, criou-se um pano de fundo para a perspectiva da esquina da rua marechal Deodoro com a avenida Glicério, ao serem posicionadas as demais construções verticalizadas que comporão o programa proposto, isto é, o segundo bloco dos Escritórios, o Hotel e os Consultórios.Esse conjunto localizado no interior do terreno, articulado com as ruas Isolete Souza Aranha e Sacramento, configuram internamente uma ampla Esplanada Central, espaço articulador que se desenvolve ao longo do eixo longitudinal do terreno, estabelecendo condições de ampla visibilidade do pátio interno do Solar e das casas vizinhas, também tombadas. Esse espaço se configura como um eixo de circulação vinculado, por um lado com a rua Isolete Souza Aranha até o córrego e avenida Orozimbo Maia e, por outro, com fachada posterior do bloco central do Solar do Barão e seu pátio interno. A visibilidade do Solar acontece desde a rua Isolete Souza Aranha, ao longo do eixo longitudinal. (Vistas 1, 2, 4, 5 e 6)Procurou-se assim, criar circulações e fluxos no interior da quadra, articulando as ruas e proporcionando espaços públicos e semi-públicos de escalas variadas.As alturas dos edifícios (9 e 15 pavimentos) respeitaram as disposições da lei municipal de Ocupação e Uso do Solo em função dos recuos e largura das vias além de regular com as edificações do entorno próximo e também com os vizinhos confrontantes.Com relação aos Decretos 10.424 e 10.807 procurou-se avaliar as relações volumétricas entre os edifícios tombados e as implantações das novas construções relacionando as condições de visibilidade sob vários aspectos e o resultado urbanístico, uma vez que esses instrumentos não definem o critério de proporcionalidade entre a altura dos novos elementos e os afastamentos dos bens tombados.Assim, foram adotados os seguintes afastamentos críticos entre os novos volumes verticalizados e os bens tombados mais próximos: (croqui 4)1. Solar do Barão relação ao Bloco B do Edifício de Escritórios (15 pav): 14,60 metros;2. Solar do Barão relação ao Hotel (15 pav): 36,30 metros; 3. Edifício 1 de Consultórios (10 pav) relação à Casa rua Mal Deodoro 1.117: 8,00 metros 4. Edifício 1 de Consultórios (10 Pav) relação à Casa rua Mal Deodoro 1.131: 17,00 metros5. Edifício de Escritórios relação ao Pavilhão Anexo (atual Biblioteca, construído na década de 1950): Bloco 2 (15 pavimentos) 6,85 e Bloco 1 (9 pavimentos) 3,10 metros. Neste último caso as condições foram relativizadas em função da importância atribuída ao bem observado no próprio processo de tombamento do Condephaat.ProgramaO programa foi distribuído em edifícios que possibilitam sua execução com relativa independência, de forma a possibilitar a implantação do empreendimento em etapas e dessa forma flexibilizar sua estratégia de viabilização. A execução da obra poderá ocorrer de uma única vez ou em etapas conforme planejamento. Os programas foram agrupados da seguinte forma: 1) em volumes verticalizados: Hotel, Edifício de Escritórios e Edifício de Consultórios; 2) em volumes horizontalizados: Galeria Comercial e Laboratório; 3) em volume semienterrado: Convenções e Capela. Foi dada preferência a essa solução ao invés de propor num mesmo edifício programas diversificados em vários andares (Hotel, Escritório e Consultórios) objetivando evitar a limitação de fases possíveis na implantação do empreendimento, além de favorecer a administração condominial.Também foi desconsiderado o partido de torres mais verticalizadas que os edifícios do entorno próximo a fim de reforçar a ambiência que se estrutura.

Memorial Descritivo do Projeto Arquitetônico

O Partido Arquitetônico adotado para o Campus Central para a PUC Campinas considera a implantação de todo o programa de necessidades previsto pelo edital, priorizando suas relações com os bens tombados, bem como com o entorno imediato preexistente.Como estratégia principal, consideramos a construção de espaços vazios entre os diversos volumes, viabilizando também a subdivisão do conjunto arquitetônico em diferentes etapas de construção, sem significar perda de unidade construtiva e espacial do Campus Central da PUC Campinas.Desta forma, nossa proposta foi subdividida em sete itens, elementos autônomos que se somam aos edifícios tombados a serem restaurados e que, unidos, farão parte deste conjunto arquitetônico, de acordo com a listagem abaixo:1. Praça dos Leões2. Esplanada central e Lojas3. Estacionamento4. Auditório e Capela5. Edifícios para escritórios6. Edifícios para consultórios7. Hotel 8. Laboratório

1. Praça dos Leões | nível 659 | 700 metros quadrados

A presente proposta cria a abertura da esquina entre a avenida Francisco Glicério com a rua Marechal Deodoro, valorizando a relação entre o Solar do Barão Itapura – edifício tombado pelo patrimônio histórico – e as ruas lindeiras, liberando as visuais para sua fachada lateral, agora livre de interferências arquitetônicas indesejáveis.O tratamento paisagístico pretendido visa valorizar este espaço como praça de acesso e cruzamento peatonal do conjunto, utilizando-se tanto do portão de acesso posicionado junto aos leões, quanto da passagem inferior existente sob o edifício anexo ao Solar do Barão – também tombado e, de acordo com o projeto de restauro já desenvolvido, preservado como parte importante do conjunto.Para tanto, está prevista a realização de uma pavimentação de materialidade neutra, com características físicas a garantir a permeabilidade do solo, de modo a valorizar a fachada lateral do edifício e a presença das palmeiras imperiais de acentuada verticalidade.Também foram previstos acessos por meio de rampas, escadas e elevadores para o nível inferior, onde se localizam os volumes da capela e do auditório, bem como seus espaços de apoio e acolhimento. As lajes de cobertura destes blocos, posicionados levemente acima do nível da rua, foram tratados como espelhos d’água, garantindo conforto térmico a estes programas em subsolo, mas também conferindo escala e intimidade adequadas à Praça dos Leões, sem obstruir a permeabilidade visual em relação ao Solar do Barão.

 

2. Esplanada central e Lojas | nível 659,00 | 2600 metros quadrados

Pensado como extensão do pátio avarandado do Solar do Barão, foi criada uma Esplanada Central capaz de articular todos os edifícios do conjunto e as diversas ruas do entorno, permitindo o cruzamento da quadra em diferentes direções entre a avenida Francisco Glicério e rua Sacramento, mas também entre as ruas Isolete A. de Souza Aranha e Marechal Deodoro, por meio das portas dos três edifícios tombados que se voltam para esta rua. O desnível existente entre as diversas ruas e a cota principal da Esplanada Central (nível 359,00) foi vencido por rampas e escadas de diferentes escalas, adequadas à escala de cada situação. A interligação com a rua Isolete A. de Souza Aranha se viabilizou com a criação de uma ampla escadaria de leve inclinação, permitindo sua apropriação como espaço público, permitindo acontecimentos imprevistos.Assim como na pavimentação utilizada na Praça dos Leões, foi utilizada pavimentação neutra e drenante capaz de valorizar as relações entre os edifícios tombados com os volumes criados para abrigar os novos programas. Desenhado com atributos de espaço público, este espaço de 2600,00 metros quadrados dará continuidade ao espaço urbano do entorno e, tratado com mobiliário e iluminação adequados, garantirá a vitalidade do espaço comercial posicionado junto a estes espaços, que também funcionará como espaço de acesso a todos os programas.  Voltadas a este espaço de acentuado caráter público, as 15 lojas de 50 metros se distribuem pelo ambiente da esplanada central, ocupando parte do pavimento térreo dos edifícios de escritórios e consultórios, além de parte do embasamento do hotel, sempre articulados por espaços abertos e cobertos, desenhados como loggias ou varandas.

3. Estacionamento | níveis 655,00 à 645,00 | 04 pavimentos | 12.200 m2

Acessado pelas ruas Isolete A. de Souza Aranha e Sacramento, o conjunto de estacionamentos foi pensado como um embasamento comum a todos os programas, sem interferir na permeabilidade peatonal promovida pela Praça dos Leões e pela Esplanada Central do conjunto.Aproveitando a declividade do terreno e de suas ruas do entorno, o acesso principal do conjunto se apresenta nivelado com a rua de acesso, mesmo sendo configurado como subsolo, convenientemente posicionado entre o Saguão do Hotel e do volume destinado ao Laboratório.  Com capacidade para 396 vagas e com 12.200 metros quadrados, o estacionamento se desdobra em 04 subsolos organizado por rampas de baixa declividade, elementos que simultaneamente viabilizam a conexão entre pavimentos posicionados em meios-níveis e continuam sendo utilizados como espaço para vagas de veículos, evitando a indesejável perda de espaço com circulações adicionais e desnecessárias.Devido às características do solo, os dois primeiros pavimentos foram ampliados, incorporando os dois pequenos lotes voltados à Rua Sacramento como espaço possível para a ampliação da quantidade de vagas, enquanto os demais pavimentos, concentrados mais próximos ao acesso principal, serão viabilizados por meio de paredes diafragma perimetrais, solução técnica adequada para o enfrentamento do nível d’água apresentado pelas sondagens neste setor.Utilizando-se das premissas de funcionalidade e flexibilidade, o sistema de controle de acesso e segurança aos diversos blocos poderá, dependendo do interesse dos clientes, dar acesso específico a cada um dos diferentes blocos funcionais diretamente pelo subsolo, ou considerar a Esplanada Central como espaço de articulação entre subsolo e demais volumes.Importante ressaltar, que o sistema viário do primeiro subsolo comporta a criação de vagas para táxis, espaços de embarque e desembarque para o hotel, docas de carga e descarga para o conjunto, bem como acesso técnico direto ao volume destinado aos auditórios.

4. Capela e Auditório | níveis 655,00 e 651,25 | um e dois pavimentos | 2160 m2

Pensados como conjunto por esta proposta, a construção destes dois programas em volumes autônomos, mas posicionados lado a lado, possibilitam usos correlatos em eventos ou cerimônias diversas, sem prejudicar a independência necessária a tais programas. Por este motivo, foi pensado um primeiro acesso para o Auditório junto à avenida Francisco Glicério, sob o primeiro bloco do edifício de escritórios, e outro interligado à Praça dos Leões, possibilitando diferentes eventos simultâneos de acordo com a própria subdivisão proposta para o Auditório.Segundo as diretrizes apresentadas pelo Termo de Referência, o espaço destinado ao Auditório foi pensado como um amplo salão de pé-direito duplo subdivisível por meio de divisórias acústicas retráteis. Desta forma, podem ser criados três auditórios menores para 150 pessoas, com ou sem inclinação para a plateia, até um único auditório para 450 pessoas, também passível de ser adaptado a diferentes configurações entre espaço de público e de palco.Dependendo do Interesse dos clientes, podem ser adotados sistemas mais ou menos sofisticados para viabilizar a flexibilidade pretendida para tais espaços, de modo a possibilitar tanto o uso do espaço como auditórios tradicionais, como também para espaços amplos e planos para eventos imprevistos, inclusive aqueles com características cênicas específicas.Apesar de suas pequenas dimensões, a capela com capacidade para cem pessoas foi posicionada em destaque, devido à implantação junto à esquina, com acesso pela Praça dos Leões. A solução em subsolo garante intimidade adequada à capela envidraçada e sugere conexões com o espaço flexível dos auditórios, ainda que esteja representada na escala da praça, pela verticalidade do campanário que marca o vértice entre a avenida Francisco Glicério, rua Marechal Deodoro e a Praça, confrontados pela fachada lateral do Solar do Barão e um dos novos volumes destinado ao edifício de escritórios.

5. Edifícios para escritórios | nível 659,00 | 09 e 15 pavimentos | 5641 m2

Se apropriando da empena cega de um edifício habitacional implantado na Avenida Francisco Glicério e da geometria irregular do lote, o conjunto de 95 escritórios de aproximadamente 45 metros quadrados foi subdividido em dois blocos, um deles junto à Praça dos Leões e outro implantado perpendicularmente à Esplanada Central.Enquanto o primeiro bloco de nove pavimentos se acopla à empena preexistente, conferindo novo desfecho visual a partir da Praça dos Leões, o segundo volume se eleva, atingindo até a altura de 15 pavimentos – incluindo seu embasamento comercial –, de acordo com as limitações de gabarito impostas pela legislação vigente.Apesar desta subdivisão em dois volumes, o projeto prevê um acesso único, articulação vertical de escadas e elevadores em posicionamento central, conectado à cada conjunto por meio de passarelas metálicas protegidas por brises metálicos de acentuada transparência para o exterior.Do ponto de vista construtivo, estes edifícios se utilizam de estrutura metálica com lajes “steel deck” com modulação base de 3,75 por 12,00 metros, totalizando uma planta tipo locável de 450,00 metros quadrados, sendo 225,00 metros quadrados para cada bloco.Devido à flexibilidade pretendida as alvenarias entre conjuntos poderão ser removidas, de modo a possibilitar a união de diferentes conjuntos para abrigar usuários de diferentes tamanhos. As caixilharias de alumínio e vidro serão protegidas por meio de brises especificados de acordo com suas orientações, propiciando proteção adequada a cada caso, resultando também em maior conforto térmico e economia de energia.

6. Edifícios para consultórios | nível 659,00 | 10 pavimentos | 5020 m2

Utilizando-se dos mesmos pressupostos construtivos do edifício de escritórios, o conjunto de 63 consultórios de aproximadamente 60 metros quadrados foram posicionados junto à rua Sacramento também subdivididos em dois blocos de dez pavimentos, considerando seus pisos térreos como recepção e espaços comerciais.Tal implantação permite a ocupação dos dois lotes voltados à rua Sacramento com edifícios de gabarito semelhante aos edifícios preexistentes em seu entorno imediato, possibilitando também acessos ampliados à esplanada central articuladora deste conjunto.Caso o processo de tombamento do imóvel localizado no número 355 da rua Sacramento se confirme poderemos unificar o conjunto de consultórios em um único bloco mais verticalizado, possibilidade também viável e adequada à solução geral adotada como conjunto.

7. Hotel  | nível 655,00 | 13 pavimentos | 8340 metros quadrados

Seguindo os atributos físicos e dimensionamentos previstos pela Embratur para a obtenção de qualificação 4 estrelas, o volume destinado ao Hotel foi posicionado na extremidade Norte do terreno, junto à rua Isolete A. de Souza Aranha, ao lado do acesso principal de veículos. Seu saguão de recepção de pé-direito duplo permite conexões rápidas com os níveis 655,00 (acesso principal), 659,00 (praça) e 663,00 (espaços ao ar livre de uso exclusivo do Hotel), se posicionando paralelamente ao eixo da Esplanada Central.A lâmina de 11 pavimentos destinada a abrigar os dormitórios se posiciona perpendicularmente à esplanada, abrigando 220 quartos de 3,20 x 6,70 metros organizados ao longo de um corredor central. Este volume elevado, sustentado por um pavimento de transição transparente – local onde se localiza o restaurante do hotel – permite a passagem desimpedida da Esplanada Central, conexão sem interferências entre a rua e o Solar do Barão. A exemplo dos edifícios de escritórios e consultórios, o edifício do hotel também se utiliza de estrutura metálica associada a torres de concreto armado (circulação vertical), lajes “steel deck”, caixilhos de alumínio piso-teto e brises metálicos para a proteção de suas diversas fachadas.8. Laboratório | nível 655,00 | 02 pavimentos | 855 metros quadrados
Desenhado como continuidade ao embasamento do hotel, o volume destinado ao Laboratório abriga seu programa em dois pavimentos, posicionado sobre o acesso principal de veículos. Tal disposição permite acesso público diretamente pela esplanada central (659,00), ao mesmo tempo que possibilita carga e descarga estratégica pelo acesso de veículos (655,00). A organização deste programa desta forma, também privilegiou a proximidade entre programas e a possibilidade de se utilizar ambientes iluminados naturalmente, tanto para a Esplanada Central quanto para os jardins posicionados juntos às divisas posteriores.Seguindo a unidade conceitual e material dos demais edifícios do conjunto este volume também de utiliza de estrutura metálica associada a torres de concreto armado (circulação vertical), lajes “steel deck”, caixilhos de alumínio piso-teto e brises metálicos para a proteção de suas diversas fachadas.

Resumo de áreas da proposta arquitetônica

Área total do terreno (matrícula): 9.264,73m2

Área bem tombado: 1.740,90m2

Área permeável: 1.707,40m2 (18,46% da área do terreno)

Área projeção total: 5997,85m2

T.O. = 64,7% (Pavimento térreo)

T.O.= 44% (Acima do segundo pavimento)

Área construída computável: 25.498,62m2

C.A. = 2,75

Área total construída 37.700,82m2

Áreas gerais por programa

Estacionamento – 396 vagas: 12.202,20m2 (não computável)

Esplanada Central – acessos aos edifícios e área comercial: 1.738,90m2 e terraço descoberto com 898,00m2

Capela: 211,80m2

Centro de convenções: 1,948,60m2

Hotel – 220 quartos: 8.342,56m2 e terraço descoberto com 920,50m2

Laboratórios: 854,50m2

Escritórios – 95 unidades: 5.641,70m2

Consultórios – divididos em duas torres com 27 e 36 unidades: 5.019,66m2