CEU Parque do Carmofechar ×
2023
Publicação
2021
2020
Obra concluída
2019
Obra
2015
Desenho, Modelo digital, Modelo físico, Projeto Executivo
Ficha técnica
Implantação – CEU Parque do Carmo
Estudo Preliminar e Ante projeto
Arquitetos
Eduardo Dalcanale Martini
Hannah Arcuschin Machado
Igor Cortinove
Leon Yajima
José Oswaldo Vilela
Rafael Polastrini Murolo
Ricardo Aguillar da Silva
Wanderley Ariza
Estagiários
Johana Miklos
Julia Machado
Julia Reis
Julia Tranchesi
Priscila Gyenge
Tomás Amaral
Eugênio Vojkovic
Projeto Básico e Executivo
Arquitetura
HAASA & SIAA
Helena Aparecida Ayoub Silva
Cesar Shundi Iwamizu
Eduardo Gurian
Alexandre Gaiser Fernandes
Alexis Arbelo
Andrei Barbosa
Artur Mei
Gustavo Madalosso Kerr
Henrique Costa
Julia Caio Siqueira
Luísa Amoroso Guardado
Leonardo Nakaoka
Marcelo Arend Madalozzo
Rafael Carvalho
Rafael Goffinet
Thomas de Almeida Ho
Estagiários:
André Ariza
André Vitiello
Gustavo Cavalcanti (maquete física)
Flávia Falcetta
Luca Caiaffa (maquete física)
Valéria Waligora
Stephanie Luna
Estrutura
GEPRO Engenharia
Elétrica
SANDRETEC S. C. Engenharia
Hidráulica
SANDRETEC S. C. Engenharia
Paisagismo
SOMA Arquitetos
Apoio ao Gerenciamento
JHE Engenharia
Fotografia
Pregnolato & Kusuki fotografia
São Paulo, SP, Brasil
A construção de uma instituição educacional pública beneficia a comunidade que a rodeia, enquanto prestação de um serviço público fundamental, mas não necessariamente qualifica a urbanidade do lugar. Não raramente projetos do gênero buscam uma segregação entre o espaço interior e a cidade ao redor, justificada pela intenção de proteger os estudantes dos estímulos da vida mundana, propiciando-lhes a concentração para os estudos. O programa municipal Território CEU parte de uma concepção oposta. O Centro de Educação Unificado integra-se a outros equipamentos públicos do bairro por meio do programa e da qualificação das ruas, calçadas e ciclovias que os conectam. No âmbito do lote, em especial no CEU Parque do Carmo, o projeto das edificações coexiste com o projeto de espaço público, mediados pelo desenho de implantação na quadra.
Esta instituição é um sistema de agrupamentos funcionais. O primeiro é o educacional, composto pela creche e escola para a primeira infância. Em seguida há o núcleo cultural, com biblioteca, cineteatro para 250 pessoas, salas de artes, de música, de gravação e oficina digital. O conjunto esportivo é constituído por piscina semiolímpica coberta, quadra poliesportiva e sala de atividades. Por fim, o grupamento de múltiplo uso conjuga atividades de contraturno, da Universidade Aberta do Brasil (UAB), do Pronatec, do CRAS, do conselho gestor, entre outras.
Estes quatro agrupamentos funcionais materializam-se em três blocos distintos porém adjacentes. A implantação deles segue uma mesma direção, mas com deslocamentos a partir do eixo longitudinal (norte-sul) do lote, criando praças públicas que se relacionam com elementos do entorno imediato.
O futuro CEU é vizinho ao Parque do Carmo, na zona leste de São Paulo. A vegetação desta grande área verde ganha certa contiguidade com a praça de atividades delimitada pelo bloco educacional e de múltiplo uso e a fachada oeste da lâmina cultural. Com acesso pela outra rua que delimita o lote, temos a praça da cultura que reunirá alunos da escola existente em frente a ela, além dos frequentadores do CEU, assim tornando-se palco das atividades dos grupos sociais da região. Temos também a praça de acesso aos alunos, ligada a uma área ao ar livre com piscina, rebaixada em relação ao passeio público. No extremo norte do terreno, um campo de futebol encaixa-se na topografia para formar certas arquibancadas, fazendo a amarração final do CEU com o tecido urbano e a comunidade local. Portanto, o deslocamento dos blocos permite a diversidade de espaços públicos, muito em virtude do cuidadoso ajuste de escalas de cada praça criada, tão necessárias em uma área paulistana carente de urbanidade.