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Projeto selecionado para a segunda fase do concurso

O projeto do novo edifício deve permitir a criação de novos percursos de caráter público através do lote, garantindo continuidade ao passeio ajardinado ao redor do palacete e enfatizando seu uso como espaço de lazer consolidado, já apropriado pela comunidade do bairro.

A grande massa arbórea que define o jardim cria dois espaços distintos e opostos: o primeiro é o jardim propriamente dito, na cota do chão, protegido e sombreado pelas copas das árvores de grande porte. O segundo fica elevado, as copas das árvores definem um “chão”, por onde aflora a cobertura de ardósia do palacete, de onde também se pode ver o bairro e as montanhas. Nos parece que ambos são importantes e devem ser aproveitados. A configuração do sítio destinado ao projeto é definido pela somatória de três lotes distintos, característica que obriga que o projeto seja pensado como conjunto, onde a soma das três edificações – respeitando-se o caráter e as qualidades específicas de cada um – resultem em um equipamento coeso onde cada elemento deve potencializar e valorizar a todos.

Desta forma, privilegiou-se um relação de contraste de linguagem entre as pré-existências e as novas edificações, valorizando as correlações de caráter e continuidade espacial entre os edifícios. O conjunto será composto por quatro ações distintas: preservação completa do palacete; intervenção no casarão junto à Rua Dona Mariana, preservação da volumetria e fachada original. Destinado à administração do conjunto, aproveitando sua posição entre o palacete e o novo edifício. Acesso independente para a Rua Dona Mariana; construção de novo edifício junto à Rua Guilhermina Guinle; preservação e ampliação do jardim como elemento integrador.