Centro Cultural do Bicentenáriofechar ×

Ao projetar a transformação do Palácio dos Correios, equipando-o com as novas atividades criadas em virtude da comemoração do Bicentenário da cidade de Buenos Aires, nos foi solicitado um plano urbanístico para um perímetro mais abrangente, em uma área que extrapola o entorno imediato do próprio edifício.

Naturalmente, em um plano urbanístico como esse, além de revelar a dimensão urbana e simbólica do edifício subutilizado dos Correios, foi necessário ampliar a questão: compreender a problemática dessa área central como um todo sem esquecer dos aspectos ligados ao patrimônio histórico da cidade e do conjunto de edifícios públicos de importância indiscutível, sem ignorar a complexa trama de circulação de caráter metropolitano – tanto do sistema de transporte público como do sistema viário – e, sobretudo, sem deixar de dar o devido cuidado aos espaços livres da cidade. Em suma, considerar o que já foi pensado para essa cidade.

Assim, dentro do perímetro pré-estabelecido, criamos um conjunto de ações que buscam harmonizar o entorno do edifício com uma série de propostas já pensadas para essa área, incluindo os projetos urbanos recém concluídos, as obras em andamento e as propostas que atualmente se encontram em fase de aprovação ou discussão.

Ao mesclar grandes projetos urbanos com pequenas ações de caráter aparentemente pontual, buscou-se criar um plano urbanístico muito objetivo, sem deixar de ser singelo, um plano urbanístico ambicioso, sem deixar de ser viável. Um plano capaz de alinhavar projetos variados que pudessem ser implantados à medida das possibilidades da cidade de Buenos Aires.

Esse plano privilegia a ampliação dos espaços públicos – ressaltando a continuidade das áreas verdes – valoriza a circulação de pedestres e prioriza o sistema de transporte coletivo.

Um novo PARQUE URBANO, viabilizado pelo rebaixamento das vias expressas da Autopista Riberereña, possibilita conexões abrangentes e livres, desejáveis para alimentar de vida urbana a face leste da cidade (o porto Madero e a reserva ecológica).

VIÁRIO
O redesenho proposto busca dar maior fluidez ao eixo norte-sul, ainda que se preserve o desvio criado pela praça Colón – atualmente em obras – e a recente descoberta das fundações da antiga Aduana, no cruzamento do importante eixo histórico Avenida de Mayo/ Porto Madero. A diagonal Rosales que fragmentava o espaço passa a ser ortogonal e recebe o terminal de colectivos.

PASSEIO PÚBLICO
O acerto no traçado da Avenida Leandro Alem organiza as faixas de circulação de veículos de tal maneira que a cidade ganha, de ambos os lados da avenida, um espaço público contínuo. Beirando a RECOVA a calçada se alarga e cria o pátio de chegada de quem vem da Plaza de Mayo ou das ruas perpendiculares. O lado do Palácio de Correos se funde às áreas livres deixando ainda mais generoso o espaço que envolve o Palácio.

Foi criado um sistema de faixas de embarque e desembarque de pessoas que facilitam o transbordo com os outros meios de circulação, além do acesso aos equipamentos do centro cultural e Luna Park.

O alargamento das calçadas previsto pelas reformas na Avenida Corrientes, naturalmente, encontram continuidade ao longo da fachada norte do edifício dos Correios, recebendo o grande fluxo de pessoas desse eixo com grande número de atividades culturais e de lazer, culminando no complexo de eventos do Luna Park.

PRAÇA CÍVICA
O Plano Urbanístico para esse trecho da cidade organiza o espaço público de forma aberta e generosa, relacionando o edifício dos correios com a cidade de Buenos Aires promovendo o encontro de grande número de pessoas.

TRANSPORTE PÚBLICO
-Terminal de coletivos
-Ligação com duas linhas
-Pontos de embarque e desembarque de colectivos que circulam pela região(pontos de ônibus)

ESTACIONAMENTO
-para o público do Centro cultural
-para a casa de governo