FDE PARAISÓPOLIS – PROJETO COMPLETOfechar ×
2022
Croqui, Estudo Preliminar, Modelo físico, Projeto Executivo
2021
Licitação
Ficha técnica
Bruno Valdetaro Salvador
Cesar Shundi Iwamizu
Eduardo Pereira Gurian
Giulia da Cruz Silva
Kelly Yokoyama
Thais Piva Reyes
Victor Luiz Quio
Estudantes:
Bettina Mendieta
Bruno Mota
Gyovanna Freire
Maria Clara Calixto
Pedro Poltronieri
Stefanny Oliveira
Paisagismo:
Patrícia Akinaga Arquitetura Paisagística e Planejamento Ambiental
Patrícia Akinaga
Marcelo Tomé Kubo
Laís Xavier
Estudante:
Reinaldo Reiche
Acústica:
Modal Acústica
Marcelo de Godoy
Erich Akira Monobe
Estrutura:
Dédalo Engenharia
Eder Toshio Iguti
Stephanie Saez
Elétrica:
NDN Engenharia
Norberto Nery
Wellerson Nogueira
Hidráulica:
MACH Engenharia e Consultoria Ltda
Daniel Kenji Morgado
William Bueno de Goes
Relatório Lumínico, Térmico e consultoria Procel:
HABT Edifício Eficiente
Alice Ruck Drummond Dias
Consultoria Agua:
Degaia Assessoria
Clarice Degani
FDE:
Avany de Francisco Ferreira - Gerência de Desenvolvimento da Educação
Debora Maria Casarim Arciei - Supervisão de Arquitetura e Engenharia
Consórcio Gestor PRI-JHE:
Flavio Hadlich - Arquiteto Gerente de Contratos
Solange Carneiro - Arquiteta Coordenadora de Projetos
Nadja Aparecida Furtado - Engenharia eletricista
Luiz Paulo Sicolino - Engenheiro Civil
São Paulo, SP, Brasil
O projeto de reformulação da Escola Estadual Homero Santos Forte decorre da demanda por mais vagas para Ensino Fundamental na comunidade de Paraisópolis, num contexto urbano bastante denso, em que terrenos exíguos dificultam a construção de escolas novas ou ampliação das existentes.
A partir destas limitações, o corpo técnico da FDE – Fundação pelo Desenvolvimento da Educação – propôs, por meio de edital para licitação pública em 2021, a substituição total da escola térrea existente por um conjunto edificado novo, verticalizado, que pudesse conter ampliação pretendida, garantindo capacidade final de 25 salas de aula, quadra poliesportiva e ambientes de apoio tais como biblioteca, sala de leitura, informática e refeitório. A obra deverá ocorrer, ainda, de modo a manter em pleno funcionamento as 17 salas existentes e funções administrativas.
Vencedora da licitação, a proposta do SIAA consiste em três fases de remoções e construção de quatro novos blocos, com dois a três pavimentos, entremeados por pátios e jardins em diferentes cotas, que se articulam através de um eixo amplo de circulação e vivência com rampas e escadarias. O partido, que se valeu da patamarização da escola original, privilegia as salas de uso coletivo e espaços de brincar sempre no nível do chão, de maneira amigável às crianças. Vale destacar o tratamento dado à praça de acolhimento, aberta de forma permanente à comunidade, numa situação em que espaços públicos são escassos. Além da qualidade espacial, a configuração com prédios alternados favorecerá ventilação e iluminação naturais, pré requisitos para certificações de eficiência energética Aqua e Procel, às quais o projeto será submetido.
O sistema construtivo foge ao padrão recente das escolas da FDE (estruturas em concreto pré-moldadas) por limitações de transporte e pela complexidade própria da obra. Será executada estrutura de concreto moldada in loco, associada a elementos metálicos complementares na cobertura e peles para fechamento e proteção solar. O uso de lajes pré-fabricadas e alvenaria de blocos de concreto como vedação se mantém fiel ao vocabulário construtivo já consolidado. O tratamento dos materiais busca simplicidade, mas também variação, através do estudo cromático que confere identidade particular a cada um dos blocos e dos painéis de ladrilhos hidráulicos, desenvolvidos pela artista plástica Mirella Marino, para as fachadas do volume da quadra.
As áreas livres da escola foram divididas em três zonas de atividades principais: a entrada; o pátio intermediário descoberto e a área de convivência ao fundo do terreno.
Para a entrada da escola foram especificadas espécies arbustivas e arbóreas que demarcam o acesso à escola. Como premissa de projeto, onde possível, as árvores existentes foram preservadas e a cobertura vegetal acrescida de espécies da Mata Atlântica e do seu sub bosque. O projeto paisagístico foi desenvolvido com o objetivo de estabelecer uma conexão entre as espécies existentes e as espécies propostas através de composições de cores, texturas e portes principalmente nos canteiros frontais, de forma a estimular sentidos e a curiosidade das crianças e adolescentes que utilizarão o espaço além de prover habitat aos polinizadores.
Para o pátio intermediário foram especificadas espécies frutíferas, como acerola, cerejinha e jabuticabeira.
A ideia central do projeto paisagístico é buscar uma interação maior com os estudantes e oferecer oportunidades de educação ambiental que sejam resultado do contato direto com a natureza. Acreditamos que através do conhecimento empírico podemos contribuir para a formação de cidadãos mais comprometidos com a preservação da flora e da fauna no ambiente urbano.
A parte posterior do terreno demandou escolha de espécies que melhor se adequam aos taludes projetados e as condições de exposição ao sol e ao vento, como por exemplo o singônio, a vedélia e a barléria.