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2017

Concurso, Desenho, Modelo digital

 
 

Ficha técnica

Ano do concurso:
2017

Arquitetura:
SIAA+Vão

SIAA
Andrei Barbosa da Silva
Bruno Valdetaro Salvador
Cecília Viviana Prudencio Torres
Cesar Shundi Iwamizu
Eduardo Pereira Gurian
Fernanda Britto
Leonardo Nakaoka Nakandakari
Rafael Carvalho

Vão Arquitetos
Anna Veronica Juni Fontes Coutinho
Gustavo Delonero
Henrique Martin te Winkel

Estudantes:
Maria Fernanda Xavier
Carolina Herrera

SESC Limeira
Limeira

Situado entre vales e circundado por dois córregos, o terreno da futura unidade do Sesc Limeira possui um declive de 12 metros que revela uma ampla vista da cidade àqueles que transitam pela Rua João Ciarrochi. Implantar o projeto de forma que essa paisagem não fosse obstruída e aproveitar ao máximo o perfil natural do terreno, para que as custosas movimentações de terra fossem minimizadas, foram duas questões primordiais para o desenvolvimento do partido arquitetônico. Os programas de maiores dimensões (ginásio poliesportivo, piscinas cobertas e teatro) foram distribuídos em dois volumes intervalados pelo pátio lúdico, um espaço de lazer e convívio aberto. A concentração dessa grande área construída ao fundo do lote liberou um extenso talude frontal ajardinado que faz a transição entre o Sesc e a Avenida Luís Vargas. Tanto o pátio, em cota rebaixada, como o talude, no qual afloram as piscinas descobertas, fazem uma alusão à topografia existente, como se um novo vale tivesse sido trazido para dentro do projeto. Um terceiro elemento, o edifício ponte de caráter e escala industriais, sobrevoa paralelamente toda a extensão do projeto e enquadra a paisagem desde o pátio lúdico. Apoiado sobre pilares, o exoesqueleto metálico que estrutura o edifício faz com que a planta de 12 metros de largura por 164 metros de extensão seja totalmente livre, permitindo readequações no espaço interno caso sejam necessárias. Separados por um vazio no primeiro andar, estão locados os programas da odontologia e o galpão, enquanto no segundo encontram-se o setor gerencial da área administrativa e as salas de educativo flexível, tecnologia e internet e as oficinas culturais. Além dos dois núcleos de circulação vertical que conectam os níveis do edifício com o térreo, fora previsto uma passarela que interliga diretamente o galpão ao volume do teatro, permitindo que esses compartilhem dos espaços de foyer e café.

A rua interna
No intervalo entre os elementos construídos, surge a conexão mais importante: uma rua interna que percorre todo eixo longitudinal do projeto. Ao longo de sua extensão o usuário, em permanente contato com a vista da cidade, perpassa por programas de caráter mais público e uso mais intenso estrategicamente locados sob o edifício ponte. O percurso inicia-se pela biblioteca e atendimento e alarga-se ao chegar na área de convivência com pé direito duplo. Ao final encontra-se a comedoria, que também tem vista para área de preservação permanente, até desembocar na praça aberta voltada principalmente ao público jovem. Além de orquestrar os fluxos, pois é nela que tudo se converge, a rua é um dos principais espaços de troca e construção de relações do projeto. A rua orquestra e organiza os fluxos, pois é nela que tudo se converge. Ao invés de somente passar por, os seus 8 metros de largura a configura também como um espaço de permanência.

Articulações urbanas
Incorporar a dimensão pública para dentro do projeto significa materializar espacialmente toda a potência transformadora que um Sesc representa. Ainda que seja uma entidade privada, tanto a complexidade programa de necessidades como a qualidade de sua programação, proporcionam cultura, lazer e saúde para a sociedade em todos os locais que as suas unidades estão presentes. São vários os acessos que articulam o projeto com a cidade, de modo a gerar possibilidade de percurso envolvendo a circulação interna com as ruas que permeiam o terreno.
Cota 566 – Rua João Ciarrochi: A rampa conecta diretamente a rua ao foyer (567.2), permitindo que o teatro e o café tenham horários de funcionamentos independentes do restante da unidade. Cota 564: A praça livre de esportes e convivência de jovens conforma um convidativo platô em nível com a rua que recebe as pessoas e as encaminha para o interior do Sesc por meio da rua interna. Cota 563 – Rua João Ciarrochi: A entrada da doca para carga e descarga foi locada na rua de menor fluxo de veículos. Sua rampa acessa a entrada de serviços (558.8), onde estão o depósito e o elevador de cargas que servem o teatro.
Cota 563, Rua Maestro Biaggio Pincelli: Duas conexões são feitas a partir da esquina, a rampa de acesso direto ao ginásio poliesportivo (560.9) e um acesso em nível com a rua interna do projeto. Cota 558,5 – Avenida Luís Varga: Sugere-se um melhoramento urbano no qual o desenho da esquina é alargado e o ponto de ônibus existente relocado para alguns metros adiante. A partir dessa nova praça de encontro e acolhimento, as pessoas são levadas ao projeto por meio de uma generosa escada. Cota 555 – Avenida Luís Varga: Por concentrar o maior fluxo de veículos, propõe-se o acesso ao nível do estacionamento (554.6). Cota 555: A rampa configura um caminho público e independente que pode permanecer aberto após o fechamento da unidade, permitindo o cruzamento da quadra e o acesso à praça livre de esportes e convivência de jovens.