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Sede Olímpica de Golfefechar ×

2012

Concurso

 
 

Ficha técnica

Ano de concurso:
2013

Arquitetura:
Andrei Barbosa
Bruno Valdetaro Salvador
Cesar Shundi Iwamizu
Daniel Nobre
Eduardo Gurian
Francesco Perrotta-Bosch
Henrique Costa
Livia Ribas
Marcio Tanaka
Rafael Carvalho
Rafael Goffinet
Vito Macchione

Sede Olímpica de Golfe
Rio de Janeiro, RJ, Brasil

A realização do projeto para a Sede do Campo Olímpico de Golfe neste sítio de grande interesse suscitou questões relacionadas à escala dos edifícios e seu caráter de transição e limite entre a cidade e as extensas áreas verdes destinadas à pratica deste esporte, além da inegável e necessária relação entre paisagem e objetos construídos. Este enfrentamento de grande complexidade se baseou em três ações básicas:

A primeira foi partir do limite preestabelecido para as construções como um gabarito para o desenvolvimento do projeto, garantindo máxima proximidade entre os programas e as áreas livres – tanto do campo de golfe e do driving range, quanto das áreas verdes posicionadas entre estes espaços.

A segunda foi definir um recinto que não só abriga as vagas necessárias ao estacionamento, como define uma área flexível capaz de receber edifícios de apoio para eventos temporários e, eventualmente, separar os espaços públicos daqueles de caráter privado.

Em seu uso cotidiano, este recinto de chegada realiza a transição entre o conjunto e o entorno próximo e suas vias de acesso, garantindo também os câmbios de escalas adequados entre os programas de apoio e as extensas áreas livres do campo.

O contraste entre a malha regular de árvores – que minimiza a presença dos veículos estacionados – e a marquise de geometria curva que define este recinto garante a escala ao conjunto, permitindo a desejável inserção dos edifícios na paisagem, sem protagonismo excessivo ou submissão a este contexto.

A terceira ação, coerente à adoção da marquise articuladora, foi separar o programa em blocos adequados às funções solicitadas pelo programa e distribuí-los ao longo deste percurso, sempre considerando sua posição em relação ao todo e o contraste entre cheios e vazios, permitindo a criação de pátios de escala apropriada aos usos cotidianos que também permitem a implantação de equipamentos temporários necessários a eventos específicos.

A somatória destas três ações permitiu a criação de um conjunto arquitetônico icônico adequado a um evento como as Olimpíadas, mas também pensado a partir de sua permanência como legado, considerando que seu desenho deve se justificar também em seu uso cotidiano.