top

Museu do Meio Ambientefechar ×

Ficha técnica

Ano do concurso:
2010

Arquitetura:
Ana Paula Pontes
Anderson Freitas
Catherine Otondo
Cesar Shundi Iwamizu
Jorge Pessoa
Marina Grinover
Francesco Perrotta Bosch
Regis Sugaya

Colaboradores:
Julie Trickett
Julio Cecchini
Luis Rodrigues


Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Projeto destacado com Menção Honrosa

O projeto tem como premissa a concepção de um espaço que valoriza o Museu do Meio Ambiente dentro do Jardim Botânico através da configuração de um “novo lugar” ao seu redor. Propõe-se a criação de um recinto cujo piso está a 1.35 metros abaixo do nível original do jardim chamado pátio do museu. Neste recinto, localizam-se a entrada do museu, a loja, a bilheteria, o guarda volumes, um jardim e o café que permanece no seu lugar original, mas cujo piso interno pode, pelo rebaixamento proposto, se estender por todo o pátio.

A volumetria do edifício novo prioriza os visuais do passeio entre a Praça do “lago das tartarugas”, o Arboreto, e o museu existente. A partir deste eixo foram criados volumes de concreto autônomos, onde se encontram as áreas expositivas, separadas por fendas de luz. Tais volumes são conectados por passarelas e escadas metálicas – abertas – cuja seqüência cria um percurso contínuo capaz de vincular os programas do edifício novo com o existente. A seqüência expositiva proposta obriga o expectador a sair de um compartimento antes de entrar em outro, criando uma situação de pausa entre uma sala e outra. Um momento de reflexão ativado pelo contraste sensorial entre os ambientes interno e externo que move outros sentidos da percepção: tátil, olfativo e auditivo.

No centro deste percurso, no primeiro pavimento, encontra-se a sala de mídia, em um recinto de vidro, que se liga por meio de uma passarela coberta às salas dos pesquisadores no edifício existente. Esta localização nos pareceu estratégica no sentido de valorizar a interlocução da produção científica e a produção de conteúdos e imagens que alimentam as exposições, de forma dinâmica e ágil.

No segundo pavimento, criou-se um terraço aberto, generoso, estendendo-se além da projeção do edifício em direção à copa das árvores, criando um momento de descanso e contemplação neste percurso. O terraço se estende ainda em direção às salas de exposições temporárias do edifício existente, através de uma passarela descoberta, concluindo o percurso das salas expositivas. A partir desse ponto, o expectador desce as escadarias e alcança o saguão central do edifício histórico onde sugerimos a exposição de uma maquete geral do Jardim Botânico, e a implementação de uma midiateca.

Desta forma, o museu novo se integra ao existente de maneira espontânea pela fluidez do sistema de circulação proposto, unindo programas e usos de cada edifício de forma complementar.