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MESA III - LOJAfechar ×

2019

Obra concluída

 

Fotos Lucas Terribili

 
 

Obra

 
 

Croqui, Desenho, Estudo Preliminar, Modelo digital

 
 

Croqui, Desenho, Estudo Preliminar

 
 

2018

Croqui, Estudo Preliminar

 
 

Ficha técnica

Ano:
2018

Arquitetura:
Cesar Shundi Iwamizu
Daniel Nobre
Fernanda Britto

Estudantes:
Camila Campos
Laura Cardone
Márcio Borges
Maria Fernanda Xavier

Instalações:
Hertez Puggina Corrêa

Obra:
Daniel Nobre
Leila Petrini

MESA III - LOJA: PRIMEIROS ESTUDOS
São Paulo, SP, Brasil

Por força da grana que ergue e constrói coisas belas…

É desta forma delicada que a chef e arquiteta Ana Soares explica a mudança de sua fábrica e de sua loja – uma elegante caixa de vidro – devido à implacável especulação imobiliária que tem atingido a maior parte dos bairros da capital paulistana.  A Mesa III, pastifício e rotisseria de fabricação artesanal que surgiu a mais de duas décadas no bairro de Pinheiros, ocupa agora o térreo de uma charmosa construção no Sumarezinho. Além de preservar as características de sua conformação original, este espaço guarda muitas histórias associadas ao campo da culinária, que já abrigou uma antiga mercearia e, inclusive, uma rotisseria.

O projeto de reforma procurou valorizar as principais características da construção, como as grandes aberturas da fachada que se projetam para uma bela praça conformada pelo recuo frontal do imóvel. Internamente, o espaço foi organizado por dois volumes que separam as funções de cozinha e de loja, abrigando equipamentos, áreas técnicas e áreas molhadas. O volume das geladeiras procura replicar a lógica da loja anterior, enquanto o volume amarelo toma destaque e remete à cor da gema do ovo, presente na maioria das massas.

Seguindo a lógica de reaproveitamento máximo, todo o mobiliário, painéis, luminárias, bancos e uma série de itens foram reutilizados. Esta ação não se deve só por uma questão financeira mas se tornou o mote fundamental de toda a mudança, todo o projeto e toda a obra: ressignificar e dar novo uso não só a matéria e a objetos, mas também a lugares, em uma espécie de protesto à lógica do capital que tem construído nossas cidades.