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2016

Desenho

 
 

2014

Desenho, Estudo Preliminar, Modelo digital, Modelo físico

 
 

Ficha técnica

Ano de projeto:
2014

Arquitetura:
Cesar Shundi Iwamizu
Eduardo Pereira Gurian
Gustavo Cavalcanti Kawahigashi
Rafael Carvalho

Estrutura de madeira:
Alan Dias

Estupa
Curitiba, PR, Brasil

Avista-se uma miríade de perfis estruturais que irradiam para todas as direções e contêm-se, quase surpreendentemente, no interior de um regular volume prismático.

A estupa é uma tipologia de edificação budista, cujo seu tradicional desenho de perfil provê o parâmetro formal para a geometria estrutural interna ao grande prisma com perímetro de 10 x 10 metros e altura de 20 metros. Essa silhueta proveniente das antigas estupas posta em rotação a partir do eixo central do edifício estabelece os planos exteriores e os espaços internos dedicados à adoração das estátuas budistas.

Externamente, o volume pousa sobre um embasamento retangular que aflora do terreno, o qual, ao norte, opera como uma espécie de adro – um plano mais alongado onde podemos admirar frontalmente a construção religiosa. Internamente é constituído, essencialmente, pela sobreposição de três vazios internos, cuja dimensão e cota do piso variam de acordo com a importância e o nível de meditação.

Mais próxima ao solo, a sala principal com pé-direito duplo abriga, ao centro, a estátua de maior porte e relevância, e contém quatro pequenas câmaras de meditação em suas extremidades. O recinto intermediário delimita-se pela estrutura de formato piramidal que (seguindo a lógica geral do edifício) repete-se de modo radial. Essa sala terá uma só estátua posicionada em frente a sua única entrada, e tem sua atmosfera definida pela luz natural que passa por entre as vigas e pilares ao seu redor. Tais elementos estruturais que envolvem o espaço também podem servir de base para outras imagens religiosas.

Esta estupa é um eloquente elogio à estrutura. A peculiar ossatura que sustenta o edifício está desnuda. Despoja-se de faces, de qualquer elemento ornamental, de revestimento. Os elementos estruturais repetem-se em uma tal profusão que sua imagem indica, em ultima instância, uma afirmação veemente: esta arquitetura é a estrutura.