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Ficha técnica
Ano de projeto:
2008
Arquitetura:
Anderson Fabiano Freitas
Anita Freire
Carlos Augusto Ferrata
Cesar Shundi Iwamizu
Julio Cecchini
Colaboradores:
Acácia Furuya
Lívia Ribas
Marina Brisa
Marina Faggin
Pedro Ivo
Curitiba, PR, Brasil
O objetivo principal do projeto para a nova sede do CREA é criar um edifício que seja representativo das atividades desta instituição, assumindo um caráter exemplar em relação às questões ligadas à racionalidade da construção, à economia de energia e à sua inserção na malha urbana da cidade de Curitiba.
A implantação do edifício no lote utiliza a faixa non edificanti para ampliar o recuo lateral, favorecendo o aproveitamento do gabarito máximo permitido pela legislação e a criação dos acessos de veículos aos subsolos, de acordo com a pequena declividade encontrada no terreno.
Tal ação amplia a distância em relação aos edifícios pré-existentes, permitindo que a fachada lateral assuma uma importância maior, indicando uma oportuna travessia em direção ao bosque, uma circulação de pedestres pelo meio da quadra capaz de ampliar as possibilidades de acesso ao edifício.
De qualquer modo, independentemente da concretização dessa passagem, o acesso público é evidenciado pela própria organização funcional do edifício, já que o grande salão de chegada voltado para a Rua Mateus Leme é o espaço capaz de separar o acesso dos programas de caráter público das áreas de trabalho privativas do CREA.
Organizada pelas prumadas de sanitários nas extremidades e pela torre vertical – elevadores, escadas e shafts – A lâmina é desenhada como uma planta livre capaz de receber toda área do programa privativo do CREA, assumindo possibilidades diversas de ocupação.
Fachadas envidraçadas – protegidas por telas de sombreamento retráteis – se voltam para as faces sul e norte, permitindo a criação de áreas amplamente iluminadas, mas totalmente protegidas do excesso de radiação. As lajes de apenas 9 metros de largura resultam em um edifício delgado, vertical e transparente.
Em contraponto a esse volume, foi desenhada uma base destinada aos programas de caráter público como a área de atendimento, as salas de eventos, agência bancária e a plenária.
Um pátio organiza os programas dessa base e de sua cobertura, permitindo que a luz natural chegue até o primeiro subsolo.
Este vazio se estende ao nível da cobertura – também tratada como um jardim – ressaltando o volume da plenária e permitindo a criação de espaços abertos para a área de lazer dos funcionários.
Enquanto o segundo subsolo abriga o estacionamento de veículos – tanto o de funcionários quanto o de público – o primeiro é totalmente destinado ao DESUS. Apesar de estar sob a cota da rua, este pavimento não é desenhado como um subsolo, permitindo áreas de trabalho totalmente iluminadas.